24.2.06

Alívio



Após um longo período conturbado de indecisões e esvaziamento, finalmente vislumbramos alguma esperança. Subitamente, o nó entre o Ministério da Cultura e o Ministério do Trabalho se desenroscou e as bolsas dos agentes Cultura Viva foi liberada.

Em mais uma demonstração de desrespeito com os agentes e os pontos de cultura, o anúncio foi abrupto, veio de surpresa. Sem aviso prévio, teremos que recomeçar tudo de novo, meio no atropelo, como foi na correria do primeiro começo.

E, ainda assim, debaixo de muita névoa e indefinição. Ainda não se sabe ao certo como iremos proceder. O programa será estendido mais dois meses? Poderemos cadastrar novos agentes, caso algum dos já selecionados não possa retornar? O pagamento dos próximos meses está garantido? Essas são dúvidas para as quais ainda estamos procurando respostas.

De todas as formas, nos próximos dias estaremos encaminhando uma correspondência aos responsáveis pelos agentes, informando tudo o que sabemos da situação atual e convidando-os a se encaminharem ao CUCA para conhecer o espaço e as atividades que desenvolvemos, além de obter mais informações.

Nos últimos dois meses o CUCA esteve titubeante, errante, preso às indefinições dos ministérios. Ainda assim, continuamos produzindo, com o espaço aberto, recebendo os agentes que ainda tinham condições de pagar pelo transporte e freqüentar as oficinas. Estas continuaram ocorrendo, mesmo que com o projeto pedagógico prejudicado.

Está aí na foto o varal de papéis, da arte-reciclagem, que se liga ao teatro, onde será usado na cenografia para a montagem de 'João Consorte'.

É com alegria que receberemos novamente os agentes. Torcemos para que a partir de agora tudo se regularize.